Para jovens em busca de emprego, satisfação pessoal tem mais peso do que ganho financeiro

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1 de abril de 2019

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Para jovens em busca de emprego, satisfação pessoal tem mais peso do que ganho financeiro

[ Fonte TechNews ] Até pouquíssimo tempo, os jovens que buscavam emprego – muitas vezes recém-formados em universidades ou cursos técnicos – tinham um foco bem claro: empresas que oferecessem altos ganhos financeiros no curto prazo.

Acontece que, junto com as inovações que transformaram a maneira das pessoas se comunicarem e se relacionarem, houve também uma mudança no perfil desses jovens. A possibilidade de conciliar a vida pessoal com o trabalho, por meio de horários mais flexíveis ou mesmo do esquema home office, é um benefício que salta aos olhos.

“Com o aumento da renda e da população, por conta da frota de automóveis, a locomoção se tornou onerosa em centros como São Paulo, o tempo tem mais valor hoje do que no passado pelo aumento de opções de lazer disponíveis. Morar mais afastado dos grandes centros é mais barato e, cada vez mais, a rotina de cada pessoa é diferente da de outras. Por isso, impor uma rotina igual para todos é, no mínimo, burrice. O horário flexível tem muito valor e ajuda na retenção desse profissional”, comenta Mateus Baumer Azevedo, sócio-diretor da Bluelab, empresa que atua no desenvolvimento de robôs de voz e chat para automação de atendimento.

A BlueLab tem um esquema misto de home-office. Logo que é contratado, o profissional fica full-time no escritório, para que possam ser avaliados seus pontos-chave e seu perfil de trabalho. “Com o tempo, conseguimos medir a produtividade de cada um e o profissional tem liberdade para trabalhar até três vezes por semana em home office”, explica Mateus.

“Nesse modelo, é possível fazer um comparativo para avaliar se a pessoa realmente se adapta ao trabalho à distância e mantém sua produtividade”, acrescenta o executivo. A queda de produtividade é, justamente, a causa da resistência de muitas empresas em relação à adoção do home-office. Entretanto, segundo uma pesquisa realizada pela Citrix, até 2020, quase 90% das corporações devem oferecer aos funcionários alguma modalidade de trabalho à distância.

Mas então podemos dizer que está decretado então o fim dos escritórios? “Não, de jeito nenhum”, garante Mateus. “O ser humano tem necessidade de se socializar e o convívio não presencial, costuma causar perda de sinergia entre as pessoas. O home-office tende a ser uma opção complementar no dia a dia das pessoas”, explica. Nesse contexto, espaços de coworking tendem a conquistar cada vez mais adeptos.

“As motivações pessoais têm um peso muito grande na escolha dos profissionais hoje em dia. A empresa que não se atentar a isso deixará de reter talentos importantes que poderiam contribuir enormemente para a evolução de seu negócio”, destaca Mateus.

A Braspag, empresa do grupo Cielo que atua no desenvolvimento de soluções para processamento de pagamentos, disponibiliza em seu escritório no Rio de Janeiro, frutas para todos os funcionários, permite o uso de roupa informal, possui área de convivência personalizada, oferece incentivos financeiros para atividades esportivas e educacionais, happy hour com direito a cerveja em uma sexta-feira por mês e até sala de descompressão com videogame.

“O mercado de e-commerce e principalmente, o de meio de pagamentos, está em expansão acelerada. Reter talentos é fundamental para manter a competitividade e reciclagem de ideias, ainda mais em empresas que focam em inovação, como é o nosso caso”, explica o diretor geral da Braspag e diretor de e-commerce e canais digitais da Cielo, Rogério Signorini. Ele destaca também a importância do bem-estar dos profissionais: “funcionários felizes produzem mais e mantêm a sinergia entre equipes. Ter um time motivado é um item essencial para pulsar o coração da empresa”, garante Signorini.

Também com foco na satisfação pessoal dos profissionais, a Bluelab realiza, durante o processo de contratação, o teste psicológico Label, que interpreta características de personalidade, comportamento e atitudes dos candidatos em determinadas situações. “É uma maneira de aliarmos a personalidade de cada um e suas aspirações às características profissionais que buscamos para determinadas vagas. Isso minimiza muito a frustração de ambas partes: do funcionário e do empregador, pois com o teste, é possível avaliar as melhores competências e fortalezas de cada um”, finaliza.

A Zappos, empresa norte-americana especializada em e-commerce, virou referência ao criar o modelo chamado holocracia. Nele, grupos são criados de acordo com a capacidade de contribuição de cada um. Esses grupos operam com entrega definida e são autogerenciáveis, com regras definidas de maneira democrática. É um sistema perfeito e ideal para qualquer empresa? Longe disso! Mas marca uma nova atitude das empresas, que estão fazendo verdadeiras transformações na gestão de pessoas para, enfim, se adaptarem a uma nova realidade que já surgiu.

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